30 dezembro 2010

Gralha-americana

Esta ilustração foi feita como separador de capítulo no The Bird Watching Answer Book. Pareceu-me apropriada para esta época de passagem de ano e início de algo novo (o ano, claro está, que se deseja o melhor possível). Bom ano de 2011 para todos.

Gralha-americana, Corvus brachyrhynchos

28 dezembro 2010

Algarve - Sotavento

Dois elementos mais da fauna Algarvia, desenhados perto de Olhão da Restauração.

Osga-turca, Tarentola mauritanica e Caranguejo-verde, Carcinus maenas

A Osga-turca é presença comum nos muros e paredes do nosso país. Sempre me intriguei com uma certa hostilidade ou asco que muitas pessoas têm para com esta espécie, uma vez que são completamente inofensivas. Também me intriga o mito de que há que tapar o leite caso contrário uma osga saltará lá para dentro e azedará o leite (e pergunto-me eu, não terá o animal nada melhor que fazer que morrer afogado, ou o apelo lácteo é assim tão irresistível? E numa época em que o leite é invariavelmente vendido em pacotes, como fará a osga para entrar para dentro do pacote? Inquietações pessoais...).

Já o Caranguejo-verde também é presença comum, não nos muros e paredes, mas nos estuários e sistemas lagunares de Portugal. Esta espécie tem uma enorme capacidade invasora, pelo que além da sua distribuição natural (da Islândia a Marrocos e para leste até ao Canal do Suez), se encontra na América do Norte, África do Sul e Austrália, muito provavelmente introduzida nestes locais através da água de lastro de navios. Esta carapaça, já um pouco ressequida, foi recolhida na Ria Formosa.

26 dezembro 2010

Talha-mares-americano

O Talha-mares-americano tem uma distribuição geográfica que vai dos Estados Unidos da América à Argentina. É uma gaivina com adaptações morfológicas altamente especializadas para a captura de peixes - o bico apresenta uma enorme assimetria, sendo a mandíbula desporporcionalmente grande em relação à maxila. Para pescar, o talha-mares voa rasante à superfície das águas com o bico aberto e a mandíbula submersa, como uma enorme tesoura. Ao contacto com as presas, a ave fecha o bico capturando pequenos peixes e crustáceos que consome em vôo.

Talha-mares-americano, Rynchops niger - imaturo (à esquerda) e três adultos

Tinha curiosidade em ver estas aves, que me escaparam na Califórnia, particularmente em observar o seu peculiar modo de alimentação e o modo como repousam. David Allen Sibley no seu altamente recomendável The Sibley Guide to Birds representa-os descansando deitados sobre o ventre, com o pescoço esticado e a enorme mandíbula assente no substrato. Num afluente do rio Solimões, alguns Talha-mares repousavam num bando misto de Trinta-réis-anões e Trinta-réis-grandes (estes últimos curiosamente chamados de 'gaivotas' na região - certamente a espécie local mais parecida com uma verdadeira gaivota). As aves que vi repousavam de igual modo a gaivotas ou gaivinas, ou seja, com o bico escondido atrás da asa - ficará para a próxima tentar ver e registar este comportamento.

16 dezembro 2010

Diário de Viagem em Lisboa


Nova acção de divulgação, desta vez na livraria Bulhosa, em Campo de Ourique, Lisboa.


Dia 21 de Dezembro, pelas 18h30. Fica feito o convite.

15 dezembro 2010

Algarve - Sotavento

Mais elementos do barrocal, desta vez desenhados no Sotavento Algarvio.

Palmeira-das-vassouras (Chamaerops humilis) e alfarrobeira (Ceratonia siliqua)

A palmeira-das-vassouras (Chamaerops humilis) é uma das minhas espécies botânicas favoritas - a única palmeira nativa da Europa, podendo ser encontrada em alguns países Mediterrânicos. A Alfarrobeira (Ceratonia siliqua) é também originária da bacia Mediterrânica e além de proporcionar uma frondosa copa, muito apetecível quando o calor aperta, dá alfarroba que é coisa que aprecio mordiscar quando ando pelo campo (e aparentemente não sou só eu, diz-se que São João Baptista fez da alfarroba sua fonte de sustento aquando dos seus tempos no deserto).

Ambas as espécies para além de bonitas, típicas e perfeitamente adaptadas ao clima do sul de Portugal, parecem-me sub-aproveitadas como árvores decorativas em jardins, optando-se frequentemente por espécies exóticas (que por vezes podem tornar-se verdadeiramente nocivas para os ecossistemas, como o caso da Mimosa Acacia dealbata).

14 dezembro 2010

Algarve - Barlavento

Elementos do barrocal Algarvio (excepto o mexilhão com cracas). Feitos longe da época alta, quando a calmaria impera. Se bem que o reboliço no barrocal nunca se compara com o do litoral, seja época alta ou baixa.

Burro, alfarrobeira, mexilhão com cracas, escaravelho-rinoceronte (Copris hispanus ♀)

08 dezembro 2010

Diário de Viagem em Lisboa


Antes de mais, muito obrigado a todos os que vieram ao lançamento do livro Diário de Viagem em Lisboa.

Somente ontem pude ver o resultado final em mão. Por lapso, falta na versão publicada o seguinte agradecimento que aqui reponho.

"Ao longo deste projecto contei pontualmente com a boa companhia de madrugadas e fins-de-tarde desenhadoiros da Ana Oliveira, Catarina França, Cláudia Guerreiro e Filipe Franco. Muito obrigado por partilharem comigo estes bocadinhos vividos de caderno na mão."

Sé, Lisboa - 19-Julho-2010 (fotografia: Cláudia Guerreiro)

02 dezembro 2010

Diário de Viagem em Lisboa



Fica então feito o convite a todos os interessados. Dia 7 de Dezembro, entre as 18h00 e 19h30.

01 dezembro 2010

Diário de Viagem em Lisboa



Algumas imagens ficaram de fora da seleção. Este foi um caso. Subi ao Castelo de São Jorge num tórrido 22 de Julho. Sentei-me a uma sombra e acabei por desenhar o guitarrista que por lá tocava.

Castelo de São Jorge, Lisboa - 22-Julho-2010

Ficou de fora dos desenhos escolhidos, apesar de gostar bastante da imagem. Aqui fica, servindo de aperitivo ao livro.